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Casos de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A,
voltaram a colocar autoridades sanitárias em estado de alerta. Em geral, os
surtos da doença ocorrem no país a partir de junho, com a chegada do inverno.
Mas, nos três primeiros meses deste ano, o número de infecções já ultrapassa o
total de 2015. Em entrevista à Agência Brasil, o professor de infectologia da
Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alexandre Naime Barbosa lembrou que, no
final de 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia feito um alerta
sobre o aumento da circulação do H1N1 no mundo. O tipo (cepa), segundo ele, é
exatamente o mesmo que provocou a pandemia de gripe A em 2009 e que voltou a
assustar em 2013. "O vírus influenza vai sempre circular. Por isso, as
medidas preventivas têm que ser tomadas sempre. É como escovar os dentes – não
vale fazer só quando eles estão ruins e depois relaxar ou a dor volta".
Para o professor, o risco de epidemia de H1N1 é beixo, principalmente devido à
antecipação da vacina em alguns locais. "Essas pessoas ficam protegidas.
Há ainda parte da população que já entrou em contato com o vírus, não chegou a
desenvolver sintomas da doença, mas ficou imune", afirmou. No entanto,
Barbosa lembrou que é necessário um cuidado permanente para vírus como o
influenza. "Infelizmente, o brasileiro tem uma cultura que não perpetua
bons hábitos. Ele fica bem assustado, chega a ficar paranoico quando a emergência
acontece, mas a informação preventiva que ele tinha facilmente se desfaz ao
longo do tempo", avaliou o especialista. (Nota do BN)
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