Vinte dias após a abertura do processo de impeachment pelo
Senado, vence nesta quarta-feira (1º) o prazo para a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) entregar sua defesa das
acusações de que cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas
“pedaladas fiscais” e ao editar seis decretos de crédito suplementar sem
autorização do Congresso.
No documento, a defesa de Dilma deve alegar que os atos não
configuram crime de responsabilidade e que o processo de impeachment tem
“vícios de origem”, porque teria sido aberto por “vingança” pelo presidente
afastado da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
Na quinta-feira (2), a comissão especial do impeachment se
reúne para discutir o cronograma de atividades do colegiado nesta etapa do
processo – chamada de pronúncia –, na qual os parlamentares decidem se a
denúncia contra Dilma é ou não procedente e se deve ou não ser levada a
julgamento final.
Na semana passada, o relator do caso, senador Antonio
Anastasia (PSDB-MG),
apresentou proposta de cronograma no qual o Senado decidiria se leva ou não o
processo a julgamento entre os dias 1º e 2 de agosto.
Senadores a favor do impeachment querem agilizar as
atividades e concluir esta segunda fase em julho. Parlamentares que apoiam
Dilma, no entanto, consideram curto o prazo de trabalho desta etapa da
comissão.
Nesta parte intermediária do processo, a comissão realizará
diligências, coletará provas e ouvirá testemunhas de defesa e de acusação –
para, depois, elaborar um relatório sobre a denúncia. Fonte: g1.globo.
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