O ativista e diretor da ONG de direitos humanosKontras (Comissão para os Desaparecidos e Vítimas da Violência), Haris Azhar, tornou-se alvo de acusações e intimidações por parte do Estado indonésio após relatar o envolvimento de autoridades locais com o tráfico de drogas no país.

Azhar foi acusado pela Polícia Nacional, Forças Militares, e Agência Nacional de Narcóticos por difamação e violação da Lei de Transição de Informação Eletrônica devido a uma denúncia feita durante o julgamento de um preso condenado e executado em 2014.

Em carta enviada ao presidente indonésio Joko Widodo, a Conectas ressalta que as autoridades que possuem funções específicas de prevenir a propagação do narcotráfico no país devem "investigar o envolvimento do Estado em crimes relacionados ao tráfico de drogas, ao invés de acusar uma pessoa que trouxe essa denúncia à tona."

“No espírito de cooperação e transparência, nós pedimos que o governo indonesio respeite os compromissos nacionais e internacionais assumidos pelo país na proteção da democracia e dos direitos humanos e garanta que Haris Azhar e outros defensores sejam protegidos”, ressalta Ana Cernov, coordenadora do Programa Sul-Sul da Conectas.

Entre as prioridades exigidas pela entidade, está a formação de uma equipe independente que “monitore e avalie práticas de aplicação de leis relacionadas a cartéis do narcotráfico” e a suspensão imediata das acusações contra Azhar.  Informações conectas.

Clique aqui para ler a carta na íntegra. 
13 Aug 2016

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