As contas do setor público
consolidado, que incluem o governo federal, os estados, os municípios e as
empresas estatais, registraram um rombo recorde para meses de setembro e também
para o acumulado dos nove primeiros meses deste ano, informou nesta sexta-feira
(31) o Banco Central.
Somente no mês passado foi
registrado um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os
gastos com pagamento de juros da dívida pública) de R$ 26,64 bilhões. Até
então, o pior resultado para setembro havia ocorrido em 2014, com um rombo
fiscal de R$ 25,49 bilhões.
Já no acumulado dos nove
primeiros meses, o déficit fiscal das contas públicas, ainda no conceito que
não contabiliza os juros da dívida pública, atingiu expressivos R$ 85,5
bilhões. No ano retrasado, o pior resultado até então, houve um déficit
primário de R$ 15,28 bilhões neste período. A série histórica das contas
públicas tem início em dezembro de 2001.
Recessão
O fraco desempenho das contas públicas acontece em meio à forte recessão da economia brasileira, que tem reduzido as receitas da União com impostos. Entretanto, apesar da menor arrecadação, os números do Tesouro Nacional mostram que as despesas públicas, impulsionadas pelos gastos obrigatórios, continuam crescendo em 2016.
O fraco desempenho das contas públicas acontece em meio à forte recessão da economia brasileira, que tem reduzido as receitas da União com impostos. Entretanto, apesar da menor arrecadação, os números do Tesouro Nacional mostram que as despesas públicas, impulsionadas pelos gastos obrigatórios, continuam crescendo em 2016.
A situação das contas públicas
seria pior ainda se não fossem os estados que, de janeiro a setembro,
arrecadaram mais do que gastaram. De acordo com o Banco Central, o superávit
dos estados, somado, foi de R$ 10 bilhões no período. O governo federal e as
estatais, entretanto, registraram déficit de R$ 94,47 bilhões e R$ 1,04 bilhão,
respectivamente.
Em doze meses até setembro deste
ano, informou o Banco Central, as contas do setor público consolidado
apresentaram um déficit primário de R$ 188,32 bilhões - o equivalente a 3,08%
do Produto Interno Bruto (PIB). Em doze meses até agosto, o rombo havia somado
R$ 169 bilhões – o equivalente a 2,78% do Produto Interno Bruto (PIB).
Informações G1
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